No Pólo Sul, uma Jamaica de gelo se desprende da Antártida
Ele se formou silenciosamente no curso de 10 mil anos. Em poucos dias, surpreendendo todos os cientistas, o iceberg de Wilkins, no norte da Antártida, se despedaçou em milhares de pedaços, e os seus fragmentos caíram no mar com uma série de quedas estrondosas. A placa que se destacou do continente é do tamanho da Jamaica. Na área onde ocorreu a separação, a temperatura subiu dois graus e meio nos últimos 50 anos.
"Wilkins começou a diminuir nos anos 90", explica Angelika Humbert, a glacióloga da universidade alemã de Münster que acompanha diariamente as imagens do Pólo Sul enviadas pelo Envisat. "Porém, ultimamente, o ritmo da destruição das plataformas de gelo se acelerou. A cada ano, registra-se a perda de um iceberg gigante".
No Pólo Sul, ainda se conserva 91% de todo o gelo do planeta. Por razões não totalmente claras, porém, a península antártica está hoje aquecendo a uma velocidade superior ao resto do continente e também com relação ao planeta no seu complexo. Nos últimos 50 anos, a temperatura média aumentou em 2,5 graus, e a hemorragia de gelo superou o limiar de 25 mil quilômetros quadrados, restringindo o perfil do continente. Nem nos últimos invernos, quando o balanço entre a neve fresca que cai e o gelo que derrete deveria ser positivo, Wilkins conseguiu recuperar o volume perdido.
Desde o momento em que o iceberg já era um bloco flutuante, o seu desprendimento e o previsível derretimento não provocaram, por si sós, um aumento dos níveis do oceano. A sua perda, porém, como uma rolha que estoura, facilitará o defluxo do gelo dissolvido que, do interior da península antártica, se despeja no mar a cada verão.
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