CIDADE DO MÉXICO, 27 ABR (ANSA) - O número de mortes que teriam ocorrido no México em decorrência da epidemia de gripe suína chegou a 149, informou o ministro da Saúde do país, José Angel Córdova. Devido à situação emergencial, o ministro anunciou também a suspensão de todas as atividades escolares no México a partir de amanhã e até o dia 6 de maio. Embora o número de falecimentos suspeitos tenha aumentado, Córdova reiterou que apenas 22 foram oficialmente vinculados à doença. Paralelamente, a capital Cidade do México, onde surgiu a epidemia da doença, foi atingida por um terremoto de 5,7 graus na escala Richter. De acordo com o centro de monitoramento de terremotos dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado no estado de Guerrero, sul do país, situado a 230 quilômetros da capital. Contrariando as primeiras informações, segundo as quais não havia mortos ou danos consideráveis causados pelo tremor, a agência de notícias Notimex reportou um falecimento em Acapulco, onde quatro casas teriam desmoronado. A vítima fatal foi identificada como Sabina Vidal, de 67 anos. O terremoto, que ocorreu às 11h48 locais (13h48 em Brasília), exatamente no momento em que o ministro Córdova fazia um pronunciamento sobre a gripe suína, foi sentido em cinco estados do país causou pânico entre a população, já preocupada com a disseminação da doença. Em seu anúncio, Córdova também admitiu que as autoridades mexicanas receberam, no dia 2 de abril, um alerta sobre o risco de que uma epidemia de gripe suína pudesse ter surgido em uma região de criação de porcos da comunidade La Gloria, em Veracruz, no Golfo do México. Segundo o jornal local Reforma, o aviso foi transmitido à Organização Mundial da Saúde (OMS) pela empresa norte-americana Veratec, que atua no ramo de biovigilância. No final de março, cerca de 60% da população desse povoado apresentou um quadro de gripe e pneumonia fora do comum, e 400 pessoas foram atendidas com possíveis sintomas da doença. Córdova reiterou que a prioridade do governo mexicano agora é "evitar a qualquer custo a aparição de novos casos de gripe suína, devido a seu alto nível de contágio". "Estamos no momento mais grave da epidemia e reforçaremos todas as medidas necessárias para a sua contenção", afirmou. Setores políticos da oposição têm criticado a administração pública pela demora para lidar com a emergência sanitária. O ministro da Saúde, por sua vez, ressaltou que o governo está atuando "conforme os protocolos internacionais e as recomendações da OMS". "Estamos diante de uma doença curável e já contamos com uma reserva de medicamentos suficientes", assegurou. Nos Estados Unidos, subiu para 40 o número de casos confirmados de gripe suína. Na Europa, a Espanha já trata um paciente e a ministra da Saúde da Escócia, Nicola Sturgeon, confirmou dois diagnósticos positivos da doença. A gripe suína é causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. A enfermidade é transmitida de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 39ºC, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Podem ocorrer vômitos e diarreia. Devido à disseminação do vírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou seu alerta do grau 3 para o 4, numa escala que vai de 1 a 6. Na prática, isso quer dizer que a entidade vê um risco ainda maior de que a doença se espalhe, tornando-se uma pandemia -- quando uma enfermidade atinge um grande alcance geográfico, talvez global. (ANSA) 27/04/2009 20:35 © Copyright ANSA. Todos os direitos reservados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário